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RÓTULO DE ALIMENTOS: COMO ENTENDÊ-LOS? Nutricionista Andréia Carrara
Sempre digo para os pacientes:
- Gaste menos no mercado e mais na feira!
O que quero dizer com isso?
Quero incentivar o consumo de alimentos in natura e desestimular o consumo de alimentos industrializados, processados.
Mas nem sempre é possível consumir uma dieta composta inteiramente com alimentos in natura. Alguns produtos industrializados acabam entrando na nossa rotina alimentar, mas devem ser usados de forma limitada, em pequenas quantidades, como ingredientes de receitas ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura.
Para conservar o alimento processado por longo período a indústria de alimentos utiliza sal, açúcar, gordura e outros aditivos. O consumo excessivo desses componentes pode causar o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, diabetes tipo 2, hipercolesterolemia (colesterol alto), hipertrigliceridemia (triglicerídeos alto), hipertensão arterial, etc.
Exemplos do uso de alimentos processados na refeição é o queijo no macarrão e a carne seca no feijão
Agora, existe uma classificação ainda mais severa de alimentos industrializados que são os alimentos ultraprocessados. Nessa classe estão vários tipos de guloseimas, bebidas adoçadas com açúcar ou adoçantes artificiais, pós para refrescos, embutidos e outros produtos derivados de carne e gordura animal, produtos congelados prontos para aquecer, produtos desidratados (como misturas para bolo, sopas em pó, “macarrão” instantâneo e “tempero“ pronto), salgadinhos “de pacote”, cereais matinais, barras de cereal, bebidas energéticas, etc. Pães e produtos panificados tornam-se alimentos ultraprocessados quando, além da farinha de trigo, leveduras, água e sal. Seus ingredientes incluem substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos.
E aí fica a dúvida: como entender os rótulos?
Observe os seguintes pontos:
1 – Lista de Ingredientes
Alimentos embalados que possuem mais de um ingrediente devem ter uma lista de ingredientes no rótulo. Um número elevado de ingredientes (cinco ou mais) e a presença de ingredientes com nomes “esquisitos”, como por exemplo: (gordura vegetal hidrogenada, óleos interesterificados, xarope de frutose, isolados proteicos, agentes de massa, espessantes, emulsificantes, corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários outros tipos de aditivos) indicam que o produto pertence à categoria de alimentos ultraprocessados. Ou seja, devem ser evitados ao máximo.
2 - Informação Nutricional
É a tabela nutricional. Contém a porção (em gramas ou ml) que normalmente o alimento é consumido, a porção em medida caseira, a quantidade de calorias, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, fibra e sódio e qual o percentual desses nutrientes de acordo com a referência de 2.000 calorias.
3 – Atenção para os Alérgicos
No rótulo deve conter um alerta se o produto CONTÉM ou É ISENTO de alimentos/substâncias alergênicas como GLÚTEN, LACTOSE, OVO, SOJA, AMENDOIM, CRUSTÁCEOS, etc.
4 – Origem
Informação que permite que o consumidor saiba quem é o fabricante do produto e onde ele foi fabricado. São informações importantes para o consumidor saber qual a procedência do produto e entrar em contato com o fabricante se for necessário.
5 - Prazo de Validade
Os produtos devem apresentar dia, mês e ano para o limite de consumo do produto.
6 - Lote
É um número que faz parte do controle na produção. Caso haja algum problema, o produto pode ser recolhido ou analisado pelo lote ao qual pertence.
Fique atento!
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